Wednesday, September 27, 2006

Bacanais

Tristeza na despedida?

Flores murchas no caixão?

Nem.

Quero fogos e festança, orgias bacaníssimas(O_O)

Afundado em bebida, até os pescoço na luxúria e mergulhando de cabeça na insensatez eu diria:
"Pelo menos eu me fui em grande estilo."

Monday, September 18, 2006

Temporariamente (des)avariado

Se a minha visão é ímpar, será a tua par? ou a par?

Sunday, September 17, 2006

Mezzo

Apatia.
Felicidade e tristeza são estranhas pra mim atualmente.
Justo eu, sempre 8 ou 80, agora num medíocre 44.

----------------------------------------------------- A linha reta que tanto desgosto

E ela segue segue segue
Nunca bamba, nunca pula, nunca cai e nunca vai, de fato, tão sem-graça

Pobre, nunca há de viver nem os melhores nem os piores, apenas os entediados.

E ela é tão chata, tão imutável, tão constante que acabei de me encher o saco dela.

Fim

Thursday, September 07, 2006

ANDRÓIDE O CARALHO!

brkkkkkkkkkkk...
splitzzzzzzzzzzzzz...

inadaptável
inadmissível
não quer calar
a voz

zzzzzzzzzzzzzzz....
zzzzzzzzzzzzzzz!

inaudível...
como o ruído que estoura meu tímpanos

brfrrrrrrrragkk...
gleshhhhhhhnnn...

é, só mais um pouquinho
rápido, não agora

me adapto?

bzzzztt.tt...t.t.t.t..t

opa, bom dia senhor
quer amor com uma pitada de ódio no café?

claro

aqui está, bon apetit

Tuesday, September 05, 2006

Ta, então eu coloco aqui aquelas coisas que a gente pensa antes de dormir tipo "se você é o que você come, e não tem comido ninguém, então..." e "o ser humano vive querendo foder com a natureza porque é um dos únicos animais pra quem ela não deu o rabo". Afinal, todo mundo tem um mr.wong dentro de si fazendo comentários impertinentes =/ P Porque pra bom entendedor meia palavra basta

Sunday, September 03, 2006

Eu não

Me comporto


Não, não me comporto mais em mim. Que nem uma bomba de raiva eu explodo as paredes de qualquer criança perdida no porta-retratos ao lado da cama e choro essa vontade de ser algum avatar e mártir da nova nova era mais próxima. Racho meus ossos fracos e músculos nodosos uma centena de vezes, surrando olhos comuns e cansados até forjar no riso e na loucura e no olhar perspicaz tanto quanto na ponta do dedo que aponta um príncipe da discórdia e da extravagância iludido por si mesmo, e pela dor, a ser algum arauto da diferença um tanto old school e solene, muito mais debochada e impertinente dessensibilização ao cinza com que se veste e ao ódio dos arranha-céus e das sinaleiras mudas. Huahaha-ha!
Não que seja mais inteligente, mais bonito e, e ou mais jeitoso no meu estetismo*. Afirmo nisso o vômito amargo expelido de quem eu fui, como um bebê prematuro e indefeso grito de dentro de outromim, de um ego ou uma identidade humana qualquer que não conteve um em-si feito de porvir e de improvisação completamente genuína em sua simplicidade e desadaptação. Com ironia ou arrogância ri das morais, dos valores e da rigidez do mundo quadrado cujas arestas minhas pupilas não mais percebiam. Com inocência e medo contido chorei ao ver a beleza do absurdo, e do seu não avesso, da sua escada feita de palha, sua parede de agua, esses tijolos perfeitamente esféricos e que, mesmo assim, se encaixam em sua unicidade. Fiz-me meu mundo mais atual que o teu, leitor, atacado pelos pequenos animais tipografados em papel sujo e em tons de preto e branco. Fiz meu mundo pequeno de caleidoscópios, superfícies permeáveis e gestos de mão indecifráveis tanto que me comunico da minha forma somente com os loucos e com os cães, aos quais sempre creditei a capacidade de compreender pela sua capacidade de não nossaformamente entender. Pena que este tipo de relação compreensiva não aconteça entre homens e mulheres, mas é claro que isso já vai além do meu estouro.
Não soube dançar ao som daquela música, muito menos tocar aquele instrumento ou cantar dap dari dap da-dah sem bater com os dedos na mesa e fazer caretas, e tudo soava tão bluesy e fora de lugar que toquei no teu cachorro interior e saímos para correr em algum campo com ovelhas e outros animais aos quais pudéssemos morder e surrar sem que existissem cercas ou juízes para nos deter com sua força e sua realidade. Assim me suporto claro, meus olhos incrédulos e desdenhosos, e te dou de beber no deserto mesmo que só entenda a cuspida sobre o rosto. Toco assim, caminhando rua após rua com o meu tipo de passo, absorto na sensação de cada passada, mesmo que meus tantos tropeços e passos de dança sejam ignorados por essa luz amarela no paralelepípedo que tantos chamam e afirmam como seu único sol.
Tua imagem no lago de àguas estáticas da contemplação do eterno quando do meu desejo indivíduo de canivete e sextante pende e agarra pedaços da paisagem como peças de um quebra cabeças que não se quer desmontar.
Não, me su porto, me rio, me choro, me lago e me morro e vejo nisso os tijolos esféricos mas de forma alguma me comporto em mim ou tenho espaço para existir, mais do que ser nessa realidade, nesses planos planos ou recortados. Nesses outros seres e existires, os quais não posso assediar ou abraçar, tampouco tocar a mão ou sua chama, não tenho espaço nem vez nem significado nem visibilidade. Não, não tenho lugar nenhum nesse mundo não meu e nenhuma destas palavras todas jogadas e prolíficas tem lugar no teu coração e quem dirá, (ah, como elas queriam!) escorregando pelos teus lábios, dentes e língua. Nenhum lugar além da página em branco

por Fabrício Peponto Viscardi, domingo para segunda feira 3-4/09/06

ps: ó Pedro, escrito na hora, sem ensaios ou save no word, saiu alguma coisa finalmente. Ainda tenho bastante branquinho aqui e minha boca ta seca